QUEM É IDEVÂNIO CARVALHO?...

QUEM É IDEVÂNIO CARVALHO?...
Gênesis 18:13. Há, porventura, alguma coisa difícil ao Senhor?

sábado, 21 de novembro de 2015

BARRAGEM SUBTERRÂNEA - VIVENDO BEM MESMO NA SECA

SECA NO NORDESTE 
BARRAGEM SUBTERRÂNEA

Foto 01.

Uma solução simples pode ajudar os agricultores do semi-árido a segurar a umidade das águas do período chuvoso. A barragem subterrânea é uma construção rápida e barata que mantém perfeitamente a umidade do solo favorecendo o plantio durante, praticamente, o ano todo.

APRESENTAÇÃO:
O Nordeste brasileiro com uma precipitação média anual de 700 bilhões m3 pode até ser considerada expressiva a disponibilidade hídrica, no entanto, somente 24 bilhões de m3 permanecem efetivamente disponíveis, pois o restante (92%) se perde por escoamento superficial (Rebouças & Marinho, 1972).
De maneira simplificada, pode-se dizer que a barragem subterrânea é uma tecnologia que tem como finalidade aumentar a disponibilidade de umidade no solo, aproveitando de forma mais eficiente a água das chuvas. Isso ocorre devido a um barramento no solo, que deve ser feito a partir da superfície até sua camada impermeável. Assim, a água da chuva, e mesmo aquela que escorre superficialmente, fica retida, criando um reservatório de água no perfil do solo[1].

DESCRIÇÃO DA TECNOLOGIA:
Barragem subterrânea é toda estrutura que objetiva barrar o fluxo subterrâneo de um aquífero pré-existente ou criado concomitantemente à construção da barreira impermeável (Santos & Frangipani, 1978).[2]

OBJETIVO:
Como a criação de aquíferos artificiais, por meio de barragem subterrânea, o agricultor será capaz de armazenar água, com qualidade e em quantidade, para suprir as necessidades de uma família ou comunidade, dos animais e até uma pequena irrigação.

COMO FUNCIONA:
A trincheira é aberta em um ponto estratégico, na transversal, cortando o leito de um riacho ou rio temporário, comum na caatinga. A calha recebe água apenas de dois a três meses por ano e banha parte das terras do agricultor.
Foto 02.
Na área de escavação, o solo de aluvião é formado pela deposição das enchentes e pelo material que escorrega das partes mais altas laterais. Portanto, há terra fértil.
Para a barragem subterrânea, é usada uma lona plástica, material muito simples e de fácil assentamento.
A lona é estendida pelos 120 metros de comprimento que deu a valeta. Ela já vem dobrada de uma forma que, quando aberta, possa cobrir não só toda a parede do barranco como sobrar um tanto na superfície e no fundo do buraco.
O entulho que restou no fundo é jogado como peso para prender bem a aba da lona na base da vala. Ela tem que ficar bem encostada na parede. Daí a importância de se limpar bem as raízes. Qualquer pontinha pode furar.
Depois, a retro-escavadeira repõe toda a terra que foi tirada do buraco. Toda a valeta é preenchida como é coberta a aba que sobrou na parte de cima. De modo que, terminado o serviço, que durou apenas seis horas, quem passar pelo lugar não vai perceber que tem uma lona enterrada. [3]

RECURSOS:
As prefeituras do nordeste brasileiro podem buscar recursos federais, estaduais e através de dotação orçamentária própria do município. Haja vista ser um projeto barato e de grande beneficio para a comunidade rural.


RESULTADO:
Foto 03:barragem subterrânea.ParaíbaD.AnildaPereiraAgosto2009 
Comunidades rurais que fizeram a barragem subterrânea nos contam que na parte que é servida pela barragem subterrânea tem abundância de água. Mesmo em ano de pouca chuva, as cacimbas não secam.

Foto 04: http://s3.amazonaws.com/magoo/ABAAABKD0AA-1.png



O que é produzido na barragem podem ser vendidos para o Programa Nacional de Alimentação Escolar e para o Compra Direta, programa estadual que também atende às escolas e algumas instituição filantrópicas de sua cidade ou região. 


MAIS INFORMAÇÕES PELO E-MAIL: 
juazeiro.norte@bol.com.br   ou   idevaniocarvalho@bol.com.br






Bibliografia: 

[1] Barragem subterrânea: água para uso na agricultura / Marcos Outeiro Santos... [et al.]. -- Niterói : Programa Rio Rural, 2008.
[2] Santos, J.P. dos & Frangipani, A. Barragens submersas - uma alternativa para o Nordeste brasileiro. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA DE ENGENHARIA, 2, São Paulo,SP, 1978. Anais... São Paulo, ABGE, 1978. V.1. p.119-126.
[3]. http://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/2012/03/barragem-subterranea-mantem-solo-umido-em-periodos-de-seca.html. (06/12/2012)
Foto 03:barragem subterrânea.ParaíbaD.AnildaPereiraAgosto2009 (9)
[4] http://s3.amazonaws.com/magoo/ABAAABKD0AA-1.png

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